Assine o abaixo-assinado por uma sala para o primeiro professor negro: http://bit.ly/rubinodeoliveira
Em 16 de abril de 1876, Luiz Gama, na 1ª edição de um periódico chamado Polichinello, ao comentar sobre “As selectas proêsas, os talentos, / Glorias, artes, prodigios, monumentos, [...]” assim descreveu José Rubino de Oliveira: “O Rubino imponente, afradalhado, / De arrogante falar, alatinado, [...]”.
Afradalhado, talvez, por seu passado como seminarista e alatinado, por ser latino. Sim, com certeza Rubino era latino - mas, além de tudo, era “Pardo”.
Como Almeida Nogueira, em 1908, assim comentou:
“sim, elle era pardo. Não tocariamos neste ponto, se não fosse o proprio Rubino o primeiro a chasquear sobre a coisa. [...] fazia alarde de sua côr. Nella falava todos os dias, a toda hora, em tom humorístico, tal qual o fazia Luiz Gama, de quem era amigo e de quem, gracejando, se dizia parente.”
José Rubino de Oliveira foi o primeiro professor negro das Arcadas do Largo de São Francisco, ainda em plena escravatura.
Em um espaço veementemente racista e eugenista, Rubino foi o primeiro a romper com os açoites e tomar parte do que era seu. ‘Seu’ pois foram seus antepassados que construíram, com seu sangue e suor, cada bloco de concreto do Largo de São Francisco.
Em homenagem ao seu passado, sua história e sua luta; como marco a todes que hoje podem ser parte do Território Livre das Arcadas, promovemos este abaixo-assinado, o qual será enviado a Congregação por meio da relatoria do Prof. Titular Floriano de Azevedo, a fim de nomear o auditório do 1º andar do prédio histórico como:
AUDITÓRIO PROFESSOR RUBINO DE OLIVEIRA
Cada assinatura é de extrema relevância, portanto, pedimos com enorme carinho e consideração o apoio de quem puder. É nosso dever, pelas lutas de nosso tempo, construir um espaço cada vez mais democrático, diverso e representativo.
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